A rede de atacarejo Assaí (ASAI3) divulgou resultados impressionantes para o quarto trimestre de 2024 (4T24), reportando um lucro líquido de R$ 430 milhões. Esse valor representa uma margem líquida de 2,1%, o que é 44% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, conforme apresentado no relatório financeiro divulgado recentemente.
O EBITDA (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) atingiu R$ 1,3 bilhão, refletindo um crescimento de 15,7% em comparação com o ano anterior. As margens evoluíram para 6,4%, o que evidencia a solidez da empresa, alcançando o maior nível desde 2021. Este desempenho é atribuído à maturação das novas lojas e à atratividade do modelo de negócios do Assaí.
Em sua comunicação, a diretoria do Assaí ressaltou que 2024 foi um ano repleto de conquistas, incluindo a finalização do projeto de conversão das unidades de hipermercado e a operação de mais de 300 lojas. Para 2025, a empresa já sinaliza que, levando em consideração a elevação das taxas da Selic, algumas iniciativas de abertura de novas lojas serão adiadas. Para o próximo ano, está prevista a inauguração de cerca de dez novas unidades, com investimentos totalizando entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2 bilhão.
No que diz respeito à receita, o Assaí conseguiu atingir R$ 20,2 bilhões no 4T24, um incremento de R$ 1,7 bilhão em comparação ao mesmo trimestre de 2023. Nos últimos dois anos, as vendas cresceram 26,4%, representando um aumento de R$ 4,2 bilhões. No total de 2024, as vendas líquidas somaram R$ 73,8 bilhões, com um avanço de R$ 7,8 bilhões em relação a 2023. Esse crescimento é resultado da expansão de 7,6% e do bom desempenho das vendas nas lojas já estabelecidas.
A companhia encerrou 2024 com uma reserva de caixa de R$ 7,6 bilhões, que é 17% superior ao montante do ano anterior. Quanto à dívida líquida, esta totalizava R$ 10,54 bilhões ao fim de 2024. Dados disponíveis indicam que, caso um investidor tivesse aplicado R$ 1 mil em ações da ASAI3 há dois anos, hoje o retorno seria de R$ 368,20 com reinvestimento dos dividendos, enquanto o Ibovespa apresentaria um retorno de R$ 1.135,10 no mesmo cenário.