Na manhã desta quinta-feira (20), o aplicativo do Bradesco (BBDC4) enfrentou dificuldades operacionais significativas. A partir das 8h40 (horário de Brasília), os usuários começaram a relatar problemas de acesso ao app, com um pico de 1.134 notificações registradas no site Downdetector, que monitora a disponibilidade de serviços online.
Em comunicado, o Bradesco reconheceu que "o App Bradesco para Pessoa Jurídica apresentou oscilações pontuais, que já foram regularizadas". No entanto, muitos usuários continuaram a relatar dificuldades, especialmente no acesso ao aplicativo. Uma usuária expressou sua frustração na rede social X, questionando como conseguiria trabalhar com o app fora do ar. Outra pessoa mencionou tentar acessar o serviço pelo computador sem sucesso por um período prolongado.
Falando sobre o desempenho financeiro da instituição, é interessante notar que no quarto trimestre de 2024, o Bradesco teve um lucro líquido recorrente de R$ 5,402 bilhões, refletindo um impressionante crescimento de 87,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro total do banco ao longo de 2024 alcançou R$ 19 bilhões, marcando uma alta de 20%. O CEO Marcelo Noronha destacou que este resultado foi impulsionado pela exploração de oportunidades de crescimento em linhas de alta margem líquida.
Além disso, a margem com clientes cresceu 4,7%, somando R$ 16,153 bilhões, e a margem financeira total alcançou R$ 16,995 bilhões, com um aumento de 5,4% em relação ao ano anterior. O retorno sobre o patrimônio médio (ROAE) do Bradesco foi de 12,7% nesse período.
O crescimento da receita totalizou 5,4% comparado ao trimestre anterior e 7,9% ano a ano, desconsiderando a participação na Cielo. Esse aumento foi impulsionado pelo desempenho positivo nas margens financeiras, receitas com serviços e seguros.
A carteira de crédito do Bradesco subiu para R$ 981,7 bilhões, registrando um crescimento de 11,9% em relação ao ano anterior e de 4,0% em comparação com o trimestre anterior. A melhora da qualidade de crédito foi visível, com a inadimplência em atrasos superiores a 90 dias apresentando uma redução de 0,2 ponto percentual no trimestre, e de 1,1 ponto percentual em um ano, em todos os segmentos, especialmente em micro, pequenas e médias empresas (MPME). O índice de cobertura permaneceu estável durante o trimestre, enquanto a provisão para devedores duvidosos caiu 29,1% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 7,460 bilhões no 4T24.