A Copasa (CSMG3), empresa responsável pelo saneamento em Minas Gerais, está passando por uma mudança significativa em sua liderança. O atual diretor-presidente, Guilherme Duarte de Faria, decidiu renunciar ao cargo por motivos pessoais, buscando novas oportunidades na iniciativa privada. Sua gestão à frente da companhia começou em junho de 2022.
Em um comunicado divulgado na noite do dia 19, a empresa informou que Faria permanecerá em sua posição até a nomeação de seu sucessor, que deve ocorrer de forma ágil.
O governo do estado de Minas Gerais, controlador da Copasa, já apresentou o nome de Fernando Passalio, atual secretário de Desenvolvimento Econômico, como o candidato para presidir a companhia. A proposta será submetida à avaliação do Conselho de Administração da Copasa, e se aprovado, Passalio assumirá o cargo em 4 de março.
Essa mudança acontece em um contexto onde o governo mineiro busca avançar com um projeto de privatização da Copasa, apresentado em novembro de 2024. A proposta visa transferir o controle acionário da empresa para a iniciativa privada, similar ao processo que ocorreu com a Sabesp (SBSP3). Contudo, o projeto ainda não foi iniciado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e está sujeito à aprovação popular ou a uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
A análise da XP ressalta que a saída de Guilherme Duarte é relevante, uma vez que ele desempenhava um papel crucial nas discussões sobre a privatização e questões regulatórias, especialmente a revisão tarifária que está por vir. O novo indicado, Fernando Passalio, já demonstrou seu apoio às privatizações em audiências legislativas, argumentando que este tipo de iniciativa pode contribuir para a redução da dívida pública e a otimização dos recursos estaduais, com resultados positivos, como tarifas menores no setor de saneamento.
Entretanto, o governo de Minas não fez menção ao plano de privatização ao indicar Passalio. O foco, segundo o governador, é implementar os ajustes necessários para viabilizar a adesão de Minas ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), uma estratégia de renegociação que pode culminar na federalização da Copasa e da Cemig (CMIG4).
Caso a nomeação de Passalio seja confirmada, ele enfrentará o desafio de gerenciar o maior plano de investimentos da Copasa, que prevê a aplicação de R$ 15,8 bilhões até 2029, com o objetivo de universalizar os serviços de saneamento na região de atuação da companhia. Além de suas funções como secretário, Passalio preside o Comitê Estratégico de Gestão das Estatais de Minas Gerais e a Loteria Mineira, e ainda é conselheiro do Sebrae e do Sesi Minas.
Fonte: https://investidor10.com.br/noticias/copasa-csmg3-tera-novo-presidente-conheca-o-indicado-111183/