O fechamento do dólar registrou uma alta, cotando-se a R$ 5,73, enquanto o índice Ibovespa apresentou uma retração de 0,37%, refletindo uma tendência global de aversão ao risco.
A semana chegou ao fim marcada por incertezas nos mercados financeiros, especialmente após a divulgação sobre um novo coronavírus que teria surgido na China.
Nesta sexta-feira (21), as bolsas ao redor do planeta enfrentaram quedas significativas, impulsionadas pelo receio de uma possível nova pandemia. No Brasil, o Ibovespa conseguiu se manter na faixa dos 127 mil pontos, encerrando o dia a 127.128 pontos.
Em relação à moeda americana, o dólar teve um aumento de 0,46% em relação ao real, fechando a sessão a R$ 5,73, o nível mais alto em uma semana. Essa movimentação resultou em uma queda acumulada de 0,86% no Ibovespa ao longo da semana, ao mesmo tempo que o dólar apresentou um crescimento de 0,61%, interrompendo uma sequência de sete semanas de desvalorização em relação à moeda brasileira.
Os mercados sofreram pressões adicionais após o jornal britânico "Daily Mail" noticiar a descoberta de um novo coronavírus que, segundo a reportagem, é semelhante ao que causou a covid-19. Este novo vírus foi identificado em morcegos e, embora haja preocupação sobre sua potencial transmissão para humanos, a possibilidade de contágio ainda não está confirmada.
Além disso, a queda no valor do petróleo contribuiu para um desempenho negativo dos ativos brasileiros. O cenário foi ainda mais afetado pelos movimentos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está prestes a anunciar novas tarifas comerciais enquanto tenta negociar o fim do conflito entre Rússia e Ucrânia, sem a participação do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Nos mercados dos EUA, as quedas foram significativas, como demonstram os números: Dow Jones (-1,69%), S&P 500 (-1,73%) e Nasdaq (-2,20%).
Os preços internacionais do petróleo levaram as petroleiras da B3 a resultados negativos nesta sexta-feira. A Petrobras (PETR4) fechou com uma baixa de 0,29%, enquanto a PetroRecôncavo (RECV3) caiu 4,78%. Os bancos também apresentaram desvalorização, com destaque para o Bradesco (BBDC4), que recuou 0,92%.
Por outro lado, a varejista Renner (LREN3) teve uma queda acentuada de 14%, em resposta a resultados financeiros que não atenderam às expectativas do mercado para o quarto trimestre de 2024. Outras quedas significativas no dia incluíram: Hapvida (HAPV3) -3,28%, Rumo (RAIL3) -2,27% e Gerdau (GGBR4) -1,28%.
Por outro lado, alguns destaques positivos surgiram nas ações da Vale (VALE3), que valorizou em 0,73% devido ao crescimento nos preços do minério de ferro e uma avaliação favorável dos analistas sobre seu desempenho no quarto trimestre. A Oncoclínicas (ONCO3) também registrou sua quarta alta consecutiva em dois dígitos, subindo 22,50%, impulsionada pelo aumento da participação acionária da gestora Latache. As construtoras também se destacaram, especialmente a Cury (CURY3), que avançou 4,35%. Outras altas do dia incluem: Weg (WEGE3) +1,63%, Marfrig (MRFG3) +1,62% e Telefônica (VIVT3) +0,94%.
Fonte: https://investidor10.com.br/noticias/dolar-sobe-e-bolsas-caem-com-temor-de-novo-coronavirus-111219/