No fechamento do quarto trimestre de 2024, a Azul (AZUL4) apresentou um resultado surpreendente ao registrar um lucro líquido ajustado de R$ 62,4 milhões. Este número representa uma reviravolta significativa em comparação ao prejuízo líquido de R$ 270,5 milhões do mesmo período em 2023. Durante o último trimestre, a companhia aérea enfrentou um prejuízo líquido de R$ 3,9 bilhões, em contraste com o lucro de R$ 403,3 milhões obtido no ano anterior.
A análise dos resultados ajustados revela um Ebitda de R$ 1,9 bilhão, evidenciando um crescimento de 33% em relação ao ano anterior, mesmo após considerar fatores como a alta da taxa de câmbio, enchentes no Rio Grande do Sul, complicações com fabricantes de equipamentos e preços de combustíveis elevados. O presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, destacou a difícil combinação de desafios enfrentados pela empresa ao longo do ano.
A margem Ebitda atingiu 35,2%, com um incremento de 6 pontos percentuais em comparação ao ano anterior, evidenciando a habilidade da empresa em expandir margens mesmo diante de um real brasileiro valorizado em 18%.
Quanto à receita líquida, a Azul obteve um crescimento de 10,2%, totalizando R$ 5,5 bilhões, impulsionada por uma demanda robusta, desempenho satisfatório das unidades de negócios e expansão da capacidade operacional.
Para o ano de 2024, a companhia anunciou um Ebitda recorde de R$ 6 bilhões, com custos e despesas operacionais somando R$ 4,3 bilhões, o que representa um aumento de 3,8% em relação ao trimestre anterior. O crescimento na demanda de passageiros foi igualmente notável, alcançando 17% a mais em relação ao ano anterior, resultando em uma taxa de ocupação de 84,2%.