Recentemente, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) instaurou um processo sancionador contra a Springs Global (SGPS3) devido ao descumprimento de suas obrigações periódicas. No centro desse processo está Josué Gomes da Silva, que ocupa o cargo de diretor-presidente da empresa, além de ser o proprietário da Coteminas e atual presidente da Fiesp.
A CVM identificou que a Springs Global não cumpriu suas obrigações periódicas por um período superior a 12 meses, resultando na suspensão do registro de companhia aberta da empresa. A investigação agora foca nos responsáveis por essa não conformidade.
O fundamento do processo é o artigo 60 da Resolução CVM 80 de 2022, que estabelece que a suspensão e o cancelamento do registro não isentam a empresa, seu controlador e os administradores de suas responsabilidades sobre possíveis infrações anteriores ao cancelamento.
Além de Josué Gomes da Silva, outros dois executivos também são mencionados: Barbara Gomes da Silva, que é diretora de Assuntos Corporativos, diretora financeira e presidente do Conselho de Administração, e Pedro Garcia Bastos Neto, vice-presidente da Coteminas.
Em resposta à situação, a Springs Global divulgou um comunicado à imprensa na segunda-feira (24), reafirmando seu compromisso em regularizar a entrega dos documentos pendentes. A empresa destacou que já disponibilizou todas as suas demonstrações financeiras referentes a 2023 e se comprometeu a apresentar dentro de um prazo de 10 dias o balanço do primeiro trimestre de 2024.
No comunicado, a companhia também mencionou que está focada em resolver os atrasos nas demonstrações financeiras, prevendo a entrega das Informações Trimestrais relativas ao segundo e terceiro trimestre de 2024 nas próximas semanas. A Springs Global espera que esses esforços sejam reconhecidos pela CVM.
Atualmente, a empresa encontra-se em recuperação judicial e registrou um prejuízo de aproximadamente R$ 1 bilhão em 2023, conforme o último balanço disponível.