Na última sexta-feira (28), uma grande surpresa tomou conta dos investidores do Tesouro Direto: a suspensão das negociações de títulos públicos. Essa decisão foi tomada em um contexto de elevada volatilidade no mercado financeiro, influenciada por fatores políticos internos e uma situação desfavorável no cenário internacional.
A mudança mais significativa que motivou essa pausa foi a nomeação de Gleisi Hoffmann, atual presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), para o cargo de ministra de Relações Institucionais, em substituição a Alexandre Padilha. Essa alteração gerou preocupações entre os agentes do mercado, que percebem potenciais obstáculos na articulação política do governo.
A sessão de negociações já apontava um clima negativo, alinhando-se à trajetória de deterioração observada nos mercados globais. Aumentou a apreensão com a possibilidade de novas pressões inflacionárias, especialmente devido a políticas de tarifas impostas pelos Estados Unidos, que intensificaram as incertezas sobre a expectativa de juros no âmbito internacional.
Os títulos do Tesouro americano, tradicionalmente considerados como uma opção segura, têm seu aumento nas taxas influenciando diretamente a atratividade dos papéis brasileiros, resultando na necessidade de ajuste nas remunerações oferecidas. Antes da interrupção das negociações, os títulos prefixados com vencimento em 2032 estavam oferecendo retornos superiores a 15% ao ano, enquanto os títulos vinculados à inflação estavam ultrapassando a marca de 7,5% ao ano em juros reais.
A decisão de suspender as negociações foi comunicada às 14h59, em um momento marcado pela escalada das taxas.
Fonte:https://investidor10.com.br/noticias/tesouro-direto-suspende-negociacoes-apos-taxas-recordes-e-escolha-de-lula-111387/