A Kora Saúde (KRSA3) deixou de ter suas ações negociadas na B3, marcando mais uma saída de empresa do mercado acionário brasileiro. Esta decisão foi confirmada após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovar, na última segunda-feira (14), a mudança de categoria da empresa, passando de companhia aberta da categoria A para a categoria B.
Esta transição foi solicitada pelo controlador da rede hospitalar, a gestora HIG Capital. Em março, a HIG Capital realizou uma oferta pública de aquisição (OPA) das ações da Kora Saúde por meio do fundo Viso Advantage. A motivação por trás do fechamento de capital da Kora Saúde é a busca por uma estrutura organizacional mais simplificada, com o objetivo de proporcionar maior flexibilidade na gestão financeira e operacional.
Além disso, a empresa buscava alcançar eficiências em função dos custos associados à manutenção do registro de companhia aberta e à listagem no Novo Mercado da B3. A Kora Saúde enfrentava dificuldades em manter o percentual mínimo de ações circulantes (free float) exigido pelo regulador e não tinha planos de captar recursos via emissão de novas ações.
Como parte da OPA, o fundo ofereceu R$ 8,80 por ação, um prêmio significativo de 30,95% em relação à cotação registrada antes do pedido, que era de R$ 6,72. Vale mencionar que esse valor superou a proposta anterior de R$ 7,70, feita em julho de 2024, que não avançou devido a barreiras regulatórias e à insatisfação de acionistas minoritários.
Com a OPA, o Viso Advantage adquiriu aproximadamente 8,6 milhões de ações em circulação, totalizando R$ 75,8 milhões. Os acionistas que não participaram da oferta ainda têm a oportunidade de vender seus papéis ao fundo até o dia 20 de junho.
No cenário mais amplo da B3, conforme reportado pelo Investidor10, a bolsa já perdeu 19 empresas em 2024 e continuam as deslistagens em 2025. A ClearSale (CLSA3) também deixou de negociar na B3 neste mês. Com isso, empresas como Carrefour (CRFB3) e Eletromídia (ELMD3) podem estar na mesma rota. Analistas apontam que essa tendência está ligada à avaliação atual das ações brasileiras, considerada “barata” para muitos investidores, especialmente estrangeiros.
Fonte:https://investidor10.com.br/noticias/mais-uma-empresa-deixa-a-bolsa-brasileira-confira-112278/