Méliuz (CASH3) Experiencia Salto de 16% Impulsionada por Investimentos em Bitcoin e Aumento de Participação do BTG

As ações da Méliuz (CASH3) tiveram uma performance notável na B3 (B3SA3) nesta terça-feira (22), apresentando uma alta de 14,18%, o que as colocou a R$ 4,43, atingindo o nível mais elevado desde setembro do ano anterior. Esse aumento no valor das ações foi atribuído a dois fatores principais: o crescimento da participação acionária do BTG Pactual (BPAC11) na empresa e notícias sobre a nova estratégia de alocação em Bitcoin (BTC).

A companhia comunicou ao mercado que o BTG Pactual agora possui 6,27% das ações ordinárias da Méliuz, um total de 5.467.614 ações. A aquisição foi realizada com o intuito de realizar hedge de derivativos contratados por clientes do banco, sem a intenção de alterar o controle ou a estrutura da empresa.

O interesse dos investidores foi renovado com essa nova dinâmica, especialmente considerando que a empresa de cashback havia enfrentado desafios relacionados à liquidez e uma diminuição de valor desde seu IPO em 2020.

Ademais, a introdução de Bitcoin na estratégia financeira da Méliuz também teve um papel crucial na valorização das ações. Em março, a empresa anunciou a aquisição de 45,72 BTCs, custando US$ 4,1 milhões, como parte de uma modernização em sua política de tesouraria. Este movimento gerou grande impacto no mercado, atraindo novamente os olhares dos investidores para a empresa.

Israel Salmen, presidente do conselho de administração do Méliuz, mencionou que investir em criptoativos é uma maneira de reposicionar a marca e explorar novas oportunidades de diálogo com o mercado. "Estamos sempre em busca de novos elementos, sejam operacionais ou financeiros, que possam fomentar a comunicação com os investidores", declarou Salmen.

Além disso, a empresa anunciou uma assembleia geral extraordinária (AGE) para o dia 6 de maio, que pode aprovar uma mudança no objeto social da companhia, permitindo que o Bitcoin se torne o ativo principal da tesouraria. A meta é utilizar o BTC em caixa como uma forma de aumentar o valor para os acionistas, seja através da operação ou de iniciativas estratégicas.

Se a nova diretriz for aprovada, a criptomoeda poderá integrar a estratégia de geração de caixa e tesouraria da Méliuz, solidificando assim o papel do Bitcoin na gestão financeira da empresa. Desde a notícia sobre a compra do Bitcoin, as ações da CASH3 têm demonstrado uma considerável valorização, recuperando-se após uma queda de mais de 95% desde o IPO, quando a empresa foi avaliada em R$ 9 bilhões, com o valor atual de mercado em aproximadamente R$ 305 milhões.

A entrada do BTG Pactual pode também proporcionar um novo ímpeto à recuperação das ações, especialmente se a AGE confirmar a nova abordagem estratégica voltada para o universo cripto.

Fonte:https://investidor10.com.br/noticias/meliuz-cash3-salta-16-com-aposta-em-bitcoin-e-aumento-de-posicao-do-btg-112383/