As ações ordinárias da Oi (OIBR3) estão com preços inferiores a R$ 1,00 cada, o que levou a empresa a uma situação crítica que exige ação imediata. Desde 1º de abril de 2025, as ações da operadora estão sendo comercializadas por valores extremamente baixos. Em resposta a essa situação, a Oi precisou esclarecer sua posição à B3, a bolsa de valores brasileira, em virtude de suas ações estarem abaixo do valor mínimo exigido.
A B3 impõe um limite de preço para ações listadas, estabelecendo que os papéis não podem permanecer negociados por menos de R$ 1,00, a fim de proteger os acionistas de perdas significativas em seus investimentos. A Oi tem até 19 de novembro de 2025 para implementar medidas que permitam o aumento no valor de suas ações ordinárias.
O CEO da Oi, Marcelo Milliet, anunciou que a empresa está considerando, em sua próxima reunião de conselho, a possibilidade de um grupamento de ações ainda em 2025. Essa alternativa visa ajustar o número de ações existentes, aumentando o preço médio por ação para acima do limite imposto pela B3.
Para que essa estratégia funcione, a Oi deve trabalhar em uma proposta que será apresentada aos acionistas em assembleia, detalhando a nova proporção de ações que será estabelecida para garantir que os preços superem os R$ 1,00 por papel.
Atualmente, a Oi enfrenta desafios significativos, incluindo seu segundo processo de recuperação judicial, que teve início em fevereiro de 2024, com uma dívida reconhecida de R$ 45 bilhões. A empresa está almejando uma redução de até 75% dos montantes devidos a seus credores, além de uma diluição de 80% dos acionistas atuais.
De acordo com simulações, se um investidor tivesse aplicado R$ 1.000 em OIBR3 há dois anos, o retorno atual seria de apenas R$ 65,00, mesmo considerando o reinvestimento de dividendos não distribuídos. Em contraste, um investimento no Ibovespa teria resultando em R$ 1.187,80 no mesmo espaço de tempo.
Fonte:https://investidor10.com.br/noticias/empresa-listada-na-b3-tera-grupamento-de-acoes-ainda-em-2025-113406/