A instabilidade geopolítica no Oriente Médio leva os investidores a reconsiderar suas estratégias de investimento. Com o conflito se intensificando, a tendência é direcionar os portfólios para ativos mais seguros, uma vez que o futuro da situação política é incerto.
Em nota recente, analistas do Deutsche Bank observaram que as repercussões do ataque se refletiram nos mercados financeiros globais, impulsionando uma onda de aversão ao risco entre diferentes classes de ativos. Como resultado, o Bitcoin (BTC) experimentou uma queda superior a 2% em uma única hora na sexta-feira passada, fechando o dia em torno de US$ 105,5 mil, equivalente aos níveis de um mês atrás.
Em contrapartida, o ouro apresentou uma valorização significativa de 1,5% durante o mesmo período, alcançando US$ 3,4 mil por onça-troy em um contrato que vence em agosto, conforme os índices da Bolsa de Valores de Nova York. Na B3, o Trend Ouro ETF (GOLD11) obteve um avanço de 2,6%, com preços próximos a R$ 20 e um aumento acumulado de mais de 18% nos últimos seis meses.
O ouro já havia estabelecido sua posição como o segundo maior ativo do mundo em reservas de valor, superando o euro, segundo dados do Banco Central Europeu. O aumento da demanda por esse metal precioso está associado não apenas a conflitos internacionais, mas também às sanções econômicas que alguns países enfrentam. Atualmente, nações como Turquia, Índia e China detêm as maiores reservas de ouro, com a Rússia também se destacando nessa área.
Os bancos centrais têm refletido sobre as preocupações com sanções e possíveis mudanças no sistema monetário global, o que influencia sua decisão de aumentar a exposição ao ouro.
O futuro ainda é incerto, pois tanto Israel quanto Irã sinalizam que continuarão a intensificar a pressão sobre o oponente. O VIX, o índice do medo, disparou 15% na sexta-feira, em resposta às ações de Israel e à retaliação do Irã, indicando uma crescente tensão no mercado.
Com o Oriente Médio sendo uma das principais fontes de petróleo global e o Irã desempenhando um papel crucial nas exportações, investidores estão especialmente atentos aos movimentos desse setor.
Para proteger seus investimentos, os investidores têm considerado atuar em ativos mais seguros, como ouro e dólares, ou ainda adquiri-los por meio de títulos públicos garantidos por estados, como os Tesouros dos Estados Unidos e do Brasil. Durante a sexta-feira, as taxas de rendimento do Tesouro Direto apresentaram alta, tornando-os uma opção mais atraente.
Taxas observadas no Tesouro Direto incluem:
– Tesouro Prefixado 2028: 13,63%
– Tesouro Prefixado 2032: 13,87%
– Tesouro Prefixado com juros semestrais 2035: 14,01%
– Tesouro Selic 2028: SELIC + 0,0510%
– Tesouro Selic 2031: SELIC + 0,1088%
– Tesouro IPCA+ 2029: IPCA + 7,55%
– Tesouro IPCA+ 2040: IPCA + 7,08%
– Tesouro IPCA+ 2050: IPCA + 7,05%
– Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2035: IPCA + 7,34%
– Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2045: IPCA + 7,20%
– Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2060: IPCA + 7,15%
Fonte:https://investidor10.com.br/noticias/na-escala-da-guerra-investidores-vendem-bitcoin-btc-e-compram-ouro-113553/