Embraer (EMBR3) Alcança Recorde de Carteira de Pedidos de Quase US$ 30 Bilhões no 2T25

A Embraer (EMBR3), a renomada fabricante brasileira de aeronaves, atingiu um novo patamar histórico em sua carteira de pedidos, que agora totaliza impressionantes US$ 29,7 bilhões no segundo trimestre de 2025 (2T25). Este resultado foi anunciado em comunicado ao mercado em 21 de julho, destacando um sucesso significativo antes de qualquer possível imposição tarifária pelo governo dos EUA, liderado por Donald Trump.

No segundo trimestre, a empresa entregou um total de 61 aeronaves, resultando em um aumento de 30% nas vendas em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram entregues 47 aviões. Esse número também é mais do que o dobro das 30 aeronaves entregues no início do ano. Dados mostram que 53% das receitas da Embraer vêm da América do Norte, com os Estados Unidos sendo o principal mercado.

Os negócios de aviação comercial da Embraer destacaram-se com US$ 13,1 bilhões em pedidos, representando a maior carteira de pedidos dos últimos oito anos. Isso significa um crescimento de 31% em relação ao primeiro trimestre de 2025 e um aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior. A linha de aviação comercial também celebrou a venda de sua milésima unidade do modelo E175, lançado em 2005.

Durante o trimestre, a Embraer recebeu um pedido firme da SkyWest para a aquisição de 60 aeronaves modelo E175 e direitos de compra para mais 50 unidades. Também, a Scandinavian Airlines (SAS) firmou um acordo para adquirir 45 aeronaves E195-E2, além de direitos de compra para mais 10 unidades — um marco, sendo o maior pedido de jatos realizado pela SAS diretamente com um fabricante nos últimos 30 anos. Nos últimos 12 meses, o índice de pedidos para vendas na divisão de aviação comercial foi de 1,8.

No segmento de Aviação Comercial, a Embraer entregou 19 novas aeronaves, o mesmo número registrado no ano passado. No primeiro semestre de 2025, as entregas acumularam 26 aeronaves, que correspondem a 32% da previsão de produção anual (entre 77 e 85), ligeiramente abaixo da média de 35% observada nos últimos cinco anos.

Em 15 de julho, o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, expressou preocupações sobre o impacto financeiro que o possível tarifaço de Trump teria na empresa, comparando-o ao efeito devastador da pandemia de Covid-19, com perdas estimadas em cerca de R$ 20 bilhões. Segundo Gomes Neto, a Embraer enfrentaria um cenário quase de 'embargo', dado que a falta de viabilidade de clientes americanos comprometeria suas operações de produção de aviões comerciais e executivos.

A divisão de Aviação Executiva da empresa registrou uma carteira de pedidos de US$ 7,4 bilhões no 2T25, o que representa um aumento de 62% em relação ao ano anterior, apesar de uma ligeira queda de 2% em comparação ao trimestre anterior. As entregas de jatos executivos foram de 38 unidades, superando as 27 entregues no ano passado. O total de entregas no primeiro semestre de 2025 foi de 61 aeronaves, atingindo 41% da projeção anual (entre 145 e 155).

No segmento de Defesa & Segurança, a carteira de pedidos encerrou o trimestre em US$ 4,3 bilhões, um aumento de 3% em relação ao trimestre anterior e o dobro do total do ano passado. Quatro aeronaves do modelo A-29 Super Tucano foram entregues à Força Aérea Paraguaia durante esse período.

A divisão de Serviços & Suporte rendeu à Embraer uma carteira de pedidos de US$ 4,9 bilhões, um significativo crescimento de 55% em comparação ao ano passado e um aumento de 5% em relação ao trimestre anterior, impulsionado por diversos contratos firmados no 2T25.

Investidores que aplicaram R$ 1 mil em EMBR3 há cinco anos, agora teriam aproximadamente R$ 8.042,00, considerando a reinvestimento de dividendos, ao passo que o Ibovespa teria retornado apenas R$ 1.285,60 sob as mesmas condições.

Fonte:https://investidor10.com.br/noticias/embraer-embr3-soma-recorde-de-quase-us-30-bilhoes-em-carteira-de-pedidos-no-2t25-114285/