A Queda das Taxas de Juros dos Títulos Públicos: O que Esperar em 2025

Em fevereiro de 2025, os títulos públicos prefixados no Brasil enfrentam uma significativa redução nas taxas de juros, despencando de valores que alcançavam 15% ao ano. No dia 14 deste mês, observou-se uma devalorização acentuada nas taxas de rentabilidade que recompensam os investidores que emprestam dinheiro ao governo, levando a uma valorização do rendimento com a marcação a mercado.

Observando o caso específico do Tesouro Prefixado 2028, sua rentabilidade caiu de 14,99% ao ano, no início do mês, para atuais 14,56% ao ano, representando uma queda próxima de 50 pontos-base. Para atenuar essa perda nas taxas, o preço unitário do título subiu, passando de R$ 669,45 para R$ 678,16 no mesmo período.

O mercado de renda fixa está passando por transformações rápidas, com o governo ampliando a emissão de títulos prefixados durante os leilões do Tesouro Nacional. Segundo Rafael Passos, analista da Ajax Asset, o governo tem realizado emissões relevantes, injetando cerca de R$ 14 bilhões por semana em títulos prefixados em resposta à demanda dos investidores. No leilão realizado no dia 13, por exemplo, o Tesouro Prefixado gerou R$ 15,7 bilhões para os cofres públicos.

Para os investidores que observam prazos mais longos, o Tesouro IPCA+ 2050, que é voltado para a acumulação de juros compostos, já apresenta uma valorização de aproximadamente 5% com marcação a mercado, com seu preço passando de R$ 708,55 para R$ 743,33 desde o pico de taxa no dia 6 de fevereiro.

Em relação aos títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto, aqui estão os valores e rentabilidades a partir da tarde do dia 13 de fevereiro de 2025:

**Títulos pré-fixados:**
– Tesouro Prefixado 2028: Aporte mínimo de R$ 6,78 (Rentabilidade: 14,56% ao ano)
– Tesouro Prefixado 2032: Aporte mínimo de R$ 3,94 (Rentabilidade: 14,61% ao ano)
– Tesouro Prefixado 2035 (com juros semestrais): Aporte mínimo de R$ 7,89 (Rentabilidade: 14,58% ao ano)

**Títulos pós-fixados:**
– Tesouro Selic 2028: Aporte mínimo de R$ 160,41 (Rentabilidade: Selic + 0,0536% ao ano)
– Tesouro Selic 2031: Aporte mínimo de R$ 159,50 (Rentabilidade: Selic + 0,1218% ao ano)

**Títulos indexados à inflação:**
– Tesouro IPCA+ 2029: Aporte mínimo de R$ 32,63 (Rentabilidade: IPCA + 7,42% ao ano)
– Tesouro IPCA+ 2040: Aporte mínimo de R$ 14,99 (Rentabilidade: IPCA + 7,25% ao ano)
– Tesouro IPCA+ 2050: Aporte mínimo de R$ 7,43 (Rentabilidade: IPCA + 7,28% ao ano)

**Títulos para aposentadoria extra:**
– Tesouro Renda+ 2030: Aporte mínimo de R$ 16,71 (Rentabilidade: IPCA + 7,38% ao ano)
– Tesouro Renda+ 2035: Aporte mínimo de R$ 11,86 (Rentabilidade: IPCA + 7,31% ao ano)

**Títulos para custear estudos:**
– Tesouro Educa+ 2026: Aporte mínimo de R$ 34,82 (Rentabilidade: IPCA + 7,48% ao ano)
– Tesouro Educa+ 2027: Aporte mínimo de R$ 32,38 (Rentabilidade: IPCA + 7,51% ao ano)

Essas mudanças no cenário dos juros refletem não apenas a estratégia do governo, mas também as dinâmicas do mercado financeiro, que exige atenção constante por parte dos investidores.

FONTE: https://investidor10.com.br/noticias/renda-fixa-do-governo-pagando-15-ao-ano-acabou-em-2025-tesouro-direto-cai-111065/