Com o ciclo de alta da taxa Selic chegando ao fim, diversificar os investimentos na renda fixa se torna crucial. O BTG Pactual indica que, à medida que essa tendência se desloca, outras opções de renda fixa podem oferecer melhores retornos.
Para os investidores que concentraram suas aplicações na renda fixa em 2025, a fase de valorização do Tesouro Selic tem sido vantajosa. Contudo, com sinais de uma possível estagnação, é o momento ideal para considerar alternativas. Em um cenário em que as taxas dos títulos públicos começaram a subir, já se discute uma possível alteração nas taxas básicas de juros que podem ir de 14,25% para 14,50% ou até 14,75% ao ano.
No entanto, os analistas do BTG Pactual estão prevendo um futuro onde outros tipos de investimento em renda fixa poderão gerar ganhos superiores. Segundo o estrategista Álvaro Frasson, mesmo com o CDI permanecendo alto, outras categorias de renda fixa têm potencial para proporcionar retornos mais significativos a longo prazo.
Fatores como o aquecimento do consumo no Brasil, especialmente em virtude das eleições presidenciais de 2026, podem impactar positivamente o desempenho da renda fixa. Nesse contexto, o Tesouro IPCA+, que promete retornos acima de 6% em 2025, surge como uma opção atrativa em comparação aos 4% do Tesouro Selic.
Embora os títulos prefixados tenham apresentado uma valorização significativa, com alguns acumulando quase 14% no ano e um aumento de 6% apenas em abril, o BTG Pactual não recomenda priorizar o Tesouro Prefixado 2032 neste momento. A instituição acredita que os títulos Tesouro IPCA+ 2040 e Tesouro IPCA+ 2050 são mais vantajosos, uma vez que eles podem proteger os investimentos contra pressões inflacionárias. Menores quedas nas taxas podem ainda gerar lucros significativos, superando a rentabilidade modesta do Tesouro Selic.
A expectativa de um ciclo eleitoral pode também influenciar positivamente os rendimentos dos títulos atrelados à inflação.
Aqui estão alguns exemplos dos atuais preços e rentabilidades dos principais títulos públicos disponíveis:
**Títulos Pré-fixados**
– Tesouro Prefixado 2028: Aporte mínimo de R$ 7,12 (Rentabilidade: 13,61% ao ano)
– Tesouro Prefixado 2032: Aporte mínimo de R$ 4,19 (Rentabilidade: 13,99% ao ano)
– Tesouro Prefixado 2035 (com juros semestrais): Aporte mínimo de R$ 8,32 (Rentabilidade: 14,08% ao ano)
**Títulos Pós-fixados**
– Tesouro Selic 2028: Aporte mínimo de R$ 164,58 (Rentabilidade: Selic + 0,0703% ao ano)
– Tesouro Selic 2031: Aporte mínimo de R$ 163,82 (Rentabilidade: Selic + 0,1143% ao ano)
**Títulos Indexados à Inflação**
– Tesouro IPCA+ 2029: Aporte mínimo de R$ 33,75 (Rentabilidade: IPCA + 7,46% ao ano)
– Tesouro IPCA+ 2040: Aporte mínimo de R$ 15,39 (Rentabilidade: IPCA + 7,31% ao ano)
– Tesouro IPCA+ 2050: Aporte mínimo de R$ 7,97 (Rentabilidade: IPCA + 7,13% ao ano)
Com a nova realidade do mercado financeiro, diversificar e adaptar a estratégia de investimento se torna essencial para maximizar a rentabilidade diante das mudanças no cenário econômico.
Fonte:https://investidor10.com.br/noticias/tesouro-selic-perde-a-preferencia-por-outra-renda-fixa-no-tesouro-direto-em-maio-112649/