As taxas dos títulos do Tesouro Direto experimentaram um crescimento significativo, com a remuneração do Tesouro IPCA+ 2050 atingindo o maior nível em trinta dias, aproximando-se da marca de IPCA+ 7% ao ano.
Neste dia, marcado por uma intensa agitação política no Brasil, especialmente em decorrência da operação da Polícia Federal focada no ex-presidente Jair Bolsonaro, o mercado de renda fixa mostrou uma performance variável, refletindo esse clima de incerteza. Ao contrário da diminuição das taxas dos títulos americanos, que atualmente rendem 4,42% ao ano, as taxas no Brasil estão em uma tendência de alta.
Notavelmente, a operação resultou em medidas restritivas para Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acesso a redes sociais. Esse cenário teve um impacto considerável nas taxas do Tesouro Direto, afetando especialmente os títulos de longo prazo. O Tesouro IPCA+ 2050, por exemplo, agora remunera IPCA+ 6,97% ao ano, o que representa o juro real mais elevado desde 17 de junho.
Com a recente elevação das taxas, o Tesouro IPCA+ 2050 se aproxima novamente do simbólico teto de rentabilidade de IPCA+ 7% ao ano, uma marca que não era alcançada desde 13 de junho. O recorde de remuneração para esse título foi de IPCA+ 7,47% ao ano, registrado em 6 de fevereiro de 2025.
Em meio a essa oscilação, os investidores que já possuíam títulos com taxas menores enfrentam o risco de prejuízos ao considerar o resgate antecipado antes do vencimento, devido à marcação a mercado. Um exemplo claro disso pode ser visto na evolução do preço do próprio Tesouro IPCA+ 2050 em julho. No início do mês, este título oferecia uma rentabilidade de IPCA+ 6,72% ao ano, com um preço unitário de R$ 891,71. Atualmente, com a taxa subindo para IPCA+ 6,97% ao ano, o preço unitário caiu para R$ 845,45, resultando em uma desvalorização de 5,2% em menos de um mês.
Em julho de 2025, os preços e rentabilidades dos principais títulos públicos no Tesouro Direto eram os seguintes:
Títulos pré-fixados:
– Tesouro Prefixado 2028: Aporte mínimo de R$ 7,30 (Rentabilidade: 13,73% ao ano)
– Tesouro Prefixado 2032: Aporte mínimo de R$ 4,30 (Rentabilidade: 14,02% ao ano)
– Tesouro Prefixado com juros semestrais 2035: Aporte mínimo de R$ 8,05 (Rentabilidade: 14,11% ao ano)
Títulos pós-fixados:
– Tesouro Selic 2028: Aporte mínimo de R$ 169,51 (Rentabilidade: Selic + 0,0522% ao ano)
– Tesouro Selic 2031: Aporte mínimo de R$ 168,77 (Rentabilidade: Selic + 0,1037% ao ano)
Títulos indexados à inflação:
– Tesouro IPCA+ 2029: Aporte mínimo de R$ 34,03 (Rentabilidade: IPCA + 7,85% ao ano)
– Tesouro IPCA+ 2040: Aporte mínimo de R$ 16,07 (Rentabilidade: IPCA + 7,16% ao ano)
– Tesouro IPCA+ 2050: Aporte mínimo de R$ 8,45 (Rentabilidade: IPCA + 6,97% ao ano)
– Tesouro IPCA+ 2035 (com juros semestrais): Aporte mínimo de R$ 41,52 (Rentabilidade: IPCA + 7,45% ao ano)
– Tesouro IPCA+ 2045 (com juros semestrais): Aporte mínimo de R$ 40,03 (Rentabilidade: IPCA + 7,29% ao ano)
– Tesouro IPCA+ 2060 (com juros semestrais): Aporte mínimo de R$ 40,02 (Rentabilidade: IPCA + 7,17% ao ano)
Títulos de aposentadoria:
– Tesouro Renda+ 2030: Aporte mínimo de R$ 17,95 (Rentabilidade: IPCA + 7,25% ao ano)
– Tesouro Renda+ 2035: Aporte mínimo de R$ 12,94 (Rentabilidade: IPCA + 7,12% ao ano)
– Tesouro Renda+ 2040: Aporte mínimo de R$ 9,33 (Rentabilidade: IPCA + 7,05% ao ano)
Títulos para custear educação:
– Tesouro Educa+ 2026: Aporte mínimo de R$ 36,21 (Rentabilidade: IPCA + 8,19% ao ano)
– Tesouro Educa+ 2027: Aporte mínimo de R$ 33,80 (Rentabilidade: IPCA + 7,93% ao ano)
– Tesouro Educa+ 2028: Aporte mínimo de R$ 31,55 (Rentabilidade: IPCA + 7,77% ao ano)
Fonte:https://investidor10.com.br/noticias/taxas-do-tesouro-direto-saltam-para-maxima-em-dia-de-cerco-a-bolsonaro-114245/