No último trimestre de 2024, a B3 (B3SA3) anunciou um resultado financeiro impressionante, com uma receita total de R$ 10,6 bilhões, marcando um crescimento de 7% em relação ao ano anterior. Os lucros líquidos atribuídos aos acionistas também mostraram desempenho positivo, apresentando um aumento robusto de 28,7%, totalizando R$ 1,178 bilhão, excluindo os itens não recorrentes.
A empresa reportou um lucro líquido recorrente de R$ 1,2 bilhões, refletindo um avanço de 13,6% quando comparado ao mesmo período do ano passado. O Ebitda recorrente também teve destaque, alcançando R$ 1,59 bilhões, com uma melhora de 9,5% em relação ao trimestre anterior. No entanto, é importante notar que, em comparação com o trimestre anterior, houve uma leve queda de 2,2% no lucro.
A margem Ebitda ao final do ano passou a ser de 67,2%, mostrando um aumento de 215 pontos-base em relação ao quarto trimestre de 2023. Contudo, houve uma redução de 280 pontos-base quando comparado ao terceiro trimestre.
"O crescimento da receita da B3 ao longo de 2024 é fruto de um esforço contínuo em inovação e proximidade com o mercado, o que resultou no lançamento de novos produtos e funcionalidades nos últimos anos", destaca André Veiga Milanez, que ocupa a posição de diretor-executivo Financeiro, Administrativo e de Relações com Investidores.
Em relação ao segmento Listado, a B3 reportou um crescimento de 1,8% em 2024, somando R$ 6 bilhões e representando 57,5% da receita total. O volume financeiro de BDRs, FIIs e ETFs contribuiu significativamente para esse aumento. Por outro lado, o mercado de derivativos estabeleceu recordes, registrando um aumento de 15% no número de contratos negociados, com novos produtos como o Futuro de Bitcoin gerando uma receita de R$ 65 milhões.
Além disso, a receita do segmento listado no quarto trimestre subiu 5,9%, alcançando R$ 1,5 bilhão (56% do total). O crescimento no mercado de ações foi impulsionado por um aumento no volume de ETFs, BDRs e Fundos Listados, que representaram 15% do volume total negociado. O Futuro de Bitcoin também teve um desempenho notável, com um volume médio diário de 206 mil contratos e gerando R$ 42,8 milhões em receita.
"Apesar da desaceleração nos volumes de negociação de ações, notamos um aumento no interesse dos investidores pela diversificação, com crescimentos significativos observados em produtos como BDRs, ETFs e fundos imobiliários, além de títulos de renda fixa como a dívida corporativa e o tesouro direto", concluiu Milanez.