Nesta terça-feira (18), o Banco Central do Brasil promoveu um leilão de venda de dólares que totalizou US$ 3 bilhões. Esta operação visa a rolagem de linhas que estão programadas para vencer em 6 de março, utilizando a venda com compromisso de recompra, prevista para ocorrer em 2 de outubro de 2025.
Além disso, o Banco Central adotará a taxa de venda USDBRL, conforme divulgado no boletim Ptax das 10h, para a determinação do valor no leilão de dólares. Este evento marca a terceira ação do Banco Central em 2025, sob a direção de Gabriel Galípolo. O leilão inicial do ano ocorreu em 20 de janeiro, quando a instituição ofereceu US$ 2 bilhões, conseguindo uma venda total.
A segunda intervenção também foi de US$ 2 bilhões, realizada em 29 de janeiro, durante a reunião do Copom que decidiu elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, levando-a para 13,25% ao ano. Em dezembro de 2024, o Banco Central havia realizado um total de 14 intervenções no mercado cambial, um volume significativo que culminou na injeção de US$ 32,575 bilhões.
O propósito fundamental da liberação de dólares é assegurar a liquidez do mercado, almejando evitar que um aumento na demanda por dólares pressione o valor da moeda em relação ao real. Após o anúncio do leilão, houve um leve aumento na cotação do dólar, que se situava em R$ 5,7383, representando uma alta de 0,19% às 10h56 (horário de Brasília).
Na última sexta-feira (14), quando o Ibovespa subiu 2,70%, os investidores estrangeiros injetaram R$ 1,5 bilhão no mercado secundário da B3, contribuindo para um superávit mensal que chegou a R$ 1,6 bilhão, e um saldo positivo acumulado no ano de R$ 8,4 bilhões, conforme dados da B3.
Por outro lado, o fluxo de investidores institucionais apresentou movimento oposto, com saídas que totalizaram R$ 1,6 bilhão na mesma data. Esse resultado gerou um déficit mensal de R$ 4,6 bilhões e um total negativo para o ano de R$ 5,8 bilhões. Os investidores individuais também retiraram recursos, somando R$ 863,9 milhões, o que fez com que o superávit referente a fevereiro chegasse a R$ 174 milhões, enquanto o saldo positivo acumulado em 2024 alcançava R$ 593,6 milhões.