A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) tomou a decisão de diminuir seu capital social em R$ 401 milhões, conforme aprovado em assembleia geral no dia 24 de agosto. Essa ação reduzirá o capital total da companhia de R$ 4,955 bilhões para R$ 4,554 bilhões.
O principal objetivo dessa ação é absorver os prejuízos financeiros acumulados sem gerar qualquer impacto direto no número de ações existentes ou na distribuição de lucros aos acionistas. Trata-se de uma manobra contábil que visa o reequilíbrio do balanço patrimonial, prática comum entre empresas que enfrentam dificuldades financeiras e desejam restabelecer sua capacidade de pagar dividendos no futuro.
Esse processo de redução de capital não acarretará a devolução de recursos aos investidores nem o cancelamento de ações. Para que a manobra fosse realizada, a empresa precisava obter duas aprovações essenciais: a autorização dos credores vinculados a contratos financeiros ativos e o consentimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), já que a CBA também opera no setor elétrico, gerando parte de sua energia.
As autorizações necessárias foram concedidas, conforme informado pela empresa em um comunicado aos investidores.
Essa decisão estratégia reflete o esforço da CBA em fortalecer sua saúde financeira e se preparar para um possível retorno ao lucro e à distribuição de dividendos no futuro. Apesar de não haver compensação imediata para os acionistas, essa redução de capital pode ser um passo crucial para a geração de valor a longo prazo. Durante 2023, a empresa enfrentou diversos desafios, como a queda nos preços do alumínio e um aumento nos custos de energia, que impactaram significativamente seus resultados financeiros. Com essa reorganização, espera-se que a CBA alcance maior flexibilidade financeira nos próximos trimestres.
Fonte:https://investidor10.com.br/noticias/cba-cbav3-encolhe-capital-em-r-401-mi-para-cobrir-prejuizos-sem-afetar-acionistas-112461/