O cenário financeiro global enfrenta um ambiente de liquidez reduzida nesta segunda-feira (17), devido ao feriado do Dia dos Presidentes nos Estados Unidos. Isso impacta significativamente os negócios, especialmente em mercados como o brasileiro.
No pregão de hoje, o dólar foi novamente valorizado, apresentando um aumento de 0,25% e cotado a R$ 5,70, após ter registrado uma queda de 1,26% na última sexta-feira (14). O Ibovespa acompanhou essa tendência de alta, subindo 0,51% e alcançando 128 mil pontos.
Nesse contexto, o Ifix, que representa o principal índice de fundos imobiliários, também teve um desempenho positivo, com alta de 0,50%, alcançando a marca de 3 mil pontos. No mercado de criptomoedas, as movimentações foram mistas; o Bitcoin (BTC) apresentou uma queda de 0,82%, enquanto o Ethereum (ETH) teve um avanço de 2,13%.
Entre as ações que mais se destacaram no Ibovespa, as maiores altas foram:
– BHIA3: 9,09% a R$ 3,36;
– MGLU3: 6,64% a R$ 7,87;
– QUAL3: 6,09% a R$ 2,09.
Por outro lado, as principais baixas incluíram:
– CASH3: -11,7% a R$ 3,47;
– RAIZ4: -1,69% a R$ 1,74;
– SUZB3: -1,16% a R$ 58,17.
A condução do mercado nesta segunda-feira reflete as recentes avaliações sobre a economia. Após um aumento de 0,16% no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em janeiro, economistas consultados pelo Banco Central ajustaram suas previsões para a inflação de 2025 para 5,60%, uma elevação que marca a 18ª semana consecutiva de alta.
As expectativas para os anos seguintes também foram revistas, agora apontando para 4,35% em 2026, 4,00% em 2027 e 3,80% em 2028. Um dos principais fatores que exerce pressão sobre a inflação é o aumento nos preços dos alimentos, especialmente das proteínas, como as carnes, além do café, que tem enfrentado altas significativas devido a diversos fatores, principalmente a produção, conforme destacado por Adriano Giacomini, professor da Faculdade ESEG, do Grupo Etapa.
Além disso, os dados do Banco Central indicaram que a atividade econômica brasileira terminou 2024 com um crescimento de 3,8%. No entanto, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) registrou uma contração de 0,7% em dezembro em comparação ao mês anterior, descontados os efeitos sazonais, sugerindo uma desaceleração econômica no quarto trimestre.