Em julho, o cenário da renda fixa no Brasil ganhou destaque, especialmente no que diz respeito aos títulos públicos, que têm atraído a atenção de grandes investidores. Na última sexta-feira, 4 de julho, as taxas no Tesouro Direto mantiveram-se estáveis, com uma leve tendência de alta, em um dia marcado por menor liquidez no mercado global devido ao feriado de Independência dos Estados Unidos.
A recente valorização do real frente ao dólar, que atualmente está em torno de R$ 5,40, e a melhoria na percepção do Risco Brasil têm contribuído para o aumento do interesse em investimentos no exterior, apesar da atratividade dos Treasury Bonds dos EUA. Essa dinâmica fez com que bancos e gestoras instituições permanecessem focados na compra de títulos do Tesouro Nacional.
Conforme aponta Rafael Passos, analista da Ajax Asset, o governo brasileiro está priorizando a emissão de títulos públicos prefixados de longo prazo. O principal exemplo disso é o Tesouro Prefixado com juros semestrais, com vencimento em 2035, oferecendo uma rentabilidade de 13,56% ao ano.
Recentemente, houve uma oferta de 6 milhões desse tipo de título, totalmente adquiridos por investidores institucionais, assim como outros títulos prefixados de vencimentos mais prolongados. As taxas de juros atingiram seus menores níveis desde novembro do ano passado.
A tabela a seguir apresenta as opções de títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto em julho, evidenciando suas rentabilidades e os aportes mínimos:
**Títulos Prefixados**
– Tesouro Prefixado 2028: Aporte mínimo de R$ 7,32 (Rentabilidade: 13,35% ao ano)
– Tesouro Prefixado 2032: Aporte mínimo de R$ 4,43 (Rentabilidade: 13,44% ao ano)
– Tesouro Prefixado com juros semestrais 2035: Aporte mínimo de R$ 8,24 (Rentabilidade: 13,56% ao ano)
**Títulos Pós-fixados**
– Tesouro Selic 2028: Aporte mínimo de R$ 168,59 (Rentabilidade: Selic + 0,0508% ao ano)
– Tesouro Selic 2031: Aporte mínimo de R$ 167,83 (Rentabilidade: Selic + 0,1038% ao ano)
**Títulos Indexados à Inflação**
– Tesouro IPCA+ 2029: Aporte mínimo de R$ 34,37 (Rentabilidade: IPCA + 7,44% ao ano)
– Tesouro IPCA+ 2040: Aporte mínimo de R$ 16,57 (Rentabilidade: IPCA + 6,91% ao ano)
– Tesouro IPCA+ 2050: Aporte mínimo de R$ 8,84 (Rentabilidade: IPCA + 6,76% ao ano)
– Tesouro IPCA+ 2035 (com juros semestrais): Aporte mínimo de R$ 42,20 (Rentabilidade: IPCA + 7,15% ao ano)
**Títulos para Aposentadoria Extra**
– Tesouro Renda+ 2030: Aporte mínimo de R$ 18,43 (Rentabilidade: IPCA + 6,98% ao ano)
– Tesouro Renda+ 2035: Aporte mínimo de R$ 13,39 (Rentabilidade: IPCA + 6,88% ao ano)
– Tesouro Renda+ 2040: Aporte mínimo de R$ 9,70 (Rentabilidade: IPCA + 6,84% ao ano)
**Títulos para Custear Estudos**
– Tesouro Educa+ 2026: Aporte mínimo de R$ 36,13 (Rentabilidade: IPCA + 7,81% ao ano)
– Tesouro Educa+ 2027: Aporte mínimo de R$ 33,79 (Rentabilidade: IPCA + 7,56% ao ano)
Com essas opções, o governo brasileiro está claramente direcionando suas emissões para atender à demanda dos investidores que buscam uma renda fixa estável e de longo prazo.
Fonte:https://investidor10.com.br/noticias/qual-tipo-de-renda-fixa-o-governo-brasileiro-esta-focando-mais-em-julho-113970/