O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) registrou um prejuízo de R$ 169 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), marcando uma redução de 74,4% em comparação ao déficit de R$ 660 milhões no mesmo período do ano anterior, conforme revelado em seu relatório de resultados divulgado recentemente. A dívida líquida da companhia estava em R$ 2,4 bilhões no fechamento deste trimestre.
Durante esse período, a varejista teve um impacto positivo com créditos de impostos, totalizando R$ 196 milhões. Para mitigar as perdas, o GPA se beneficiou de um aumento nas vendas, ampliação do volume e da participação de mercado, além de um rígido controle de custos. A melhora do fluxo de caixa e a diminuição do endividamento também contribuíram para a performance, mesmo diante de um lucro ainda não realizado.
Marcelo Pimentel, CEO do GPA, destacou que as vendas em lojas existentes cresceram de forma robusta, com um avanço de 7,3%, refletindo uma proposta de valor que atende as exigências e desejos dos consumidores em todos os canais. Pimentel também reconheceu a complexidade do cenário econômico brasileiro, mas se mostra otimista em relação aos resultados da empresa neste início de ano, evidenciado pelo EBITDA de R$ 400 milhões, que representa uma alta de 9,9% em relação ao ano anterior, com uma margem de 8,6%.
As vendas totais do GPA alcançaram R$ 5,1 bilhões no 1T25, um aumento de aproximadamente 4,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O e-commerce da empresa também apresentou um desempenho positivo, com receitas de R$ 587,9 milhões, crescendo 16,9%, com destaque para o aumento nas vendas por meio de formatos de proximidade que impulsionam a penetração digital.
Os investimentos totais realizados pela companhia (capex) somaram R$ 709 milhões no 1T25. Este montante representa um crescimento em relação ao período anterior, impulsionado principalmente pela abertura de uma nova loja Pão de Açúcar e pela intensificação de reformas e revitalizações, principalmente nas unidades da bandeira Extra Mercado.
Analisando o desempenho das ações, se um investidor tivesse aplicado R$ 1 mil em PCAR3 há dois anos, hoje teria um retorno de R$ 252,30, considerando o reinvestimento dos dividendos. Em comparação, o Ibovespa teria proporcionado um retorno de R$ 1.269,50 sob as mesmas condições.
Fonte:https://investidor10.com.br/noticias/grupo-pao-de-acucar-pcar3-tem-prejuizo-de-r-169-milhoes-reducao-de-74-112668/