O frigorífico BRF (BRFS3) apresentou um lucro líquido de R$ 868 milhões no quarto trimestre de 2024, um crescimento de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme o relatório de resultados divulgado no dia 25. Ao longo de 2024, a empresa observou um aumento impressionante de 297,5% em sua lucratividade, totalizando R$ 3,69 bilhões, impulsionado por um excelente desempenho operacional em todas as suas linhas de produtos de proteína animal e pela redução do endividamento.
Marcos Antonio Molina, presidente do Conselho de Administração da BRF, destacou que "a gestão voltada para a eficiência operacional e a disciplina financeira fortaleceu a cultura de alta performance na companhia". Ele também mencionou que as vantagens competitivas da empresa foram potencializadas através da troca de melhores práticas com a Marfrig (MRFG3) e pela exploração de oportunidades em conjunto. Em 2024, foram lançados os produtos Sadia Bassi e Perdigão Montana no Brasil, além da previsão de lançamento da Sadia como marca de referência no mercado global de bovinos a partir de janeiro de 2025.
O ebitda da BRF registrou R$ 2,82 bilhões no último trimestre, refletindo um crescimento de 57,3% quando comparado ao mesmo período do ano passado, enquanto o total acumulado em 2024 ficou em R$ 10,3 bilhões, um aumento de 155%.
De acordo com o relatório, o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul sobre as operações da BRF em 2024 foi de aproximadamente R$ 113 milhões, com um efeito positivo de R$ 6 milhões no quarto trimestre, já considerando adiantamentos parciais recebidos de seguradoras. A receita operacional líquida da companhia foi de R$ 17,5 bilhões no 4T24 e R$ 61,37 bilhões no total de 2024, representando aumentos de 21,6% e 14,5%, respectivamente, em relação ao mesmo intervalo do ano anterior.
Os executivos da empresa ressaltaram que houve um crescimento de 3% no volume de carnes vendidas, combinado a um aumento de 11,2% no preço médio, influenciado pela recuperação nos preços da proteína in natura de frango e pelo impacto da cotação do dólar. O efeito da hiperinflação na Turquia também contribuiu para receita adicional de R$ 924 milhões em 2024. No Brasil, a BRF atingiu um marco histórico com 327 mil clientes atendidos e uma receita anual de R$ 28,8 bilhões.
Outro aspecto crucial para o ótimo desempenho da empresa foi a estratégia de alocação de capital, que resultou na diminuição da dívida líquida e na recomposição dos pagamentos aos acionistas, totalizando R$ 1,1 bilhão em juros sobre o capital próprio. A alavancagem da BRF reduziu-se para 0,79 vez em 2024, descendo de 2,01 vezes em 2023.
Além disso, a BRF anunciou a aprovação de um novo programa de recompra de ações, permitindo a aquisição de até 15 milhões de ações próprias para maximizar o valor para os acionistas. Esse programa, que se junta às ações já recompensadas, busca a utilização eficiente dos recursos e da estrutura de capital da empresa.
Atualmente, existem cerca de 823,6 milhões de ações ordinárias BRFS3 em circulação, com um total de 68,1 milhões em tesouraria. As recompra de ações será válida até 7 de outubro de 2025, e a diretoria da BRF definirá as datas exatas para sua execução.
Fonte:https://investidor10.com.br/noticias/lucro-da-brf-brfs3-dispara-quase-300-em-2024-e-soma-r-3-7-bilhoes-111324/