As empresas Marfrig e BRF solicitaram oficialmente ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a análise de sua fusão, uma medida necessária para evitar incertezas no mercado. Inicialmente, as companhias acreditavam que não era obrigatório o aval do órgão, já que pertencem ao mesmo grupo econômico. No entanto, uma reflexão mais profunda durante as discussões recentes levou à decisão de buscar a aprovação.
Em um anúncio feito na segunda-feira (26), Marfrig e BRF explicaram que, após um exame mais cuidadoso da situação, optaram por submeter a operação à avaliação do Cade para garantir a tranquilidade no mercado. Apesar dessa atualização, o cronograma da fusão deve permanecer inalterado, uma vez que as empresas esperam que não haja objeção por parte do Cade.
O anúncio da fusão ocorreu no dia 15 de maio, e uma assembleia geral de acionistas está agendada para 18 de junho. Na hipótese de aprovação tanto pelos acionistas quanto pelo Cade, a Marfrig deverá integrar todas as ações da BRF, resultando na criação da nova entidade, chamada MBRF.
Como parte desse processo, os acionistas da BRF receberão 0,8521 ações ordinárias da Marfrig para cada ação que possuírem ao final da operação. Por exemplo, um investidor com 100 ações da BRF terá direito a 85 ações da Marfrig. Além disso, as companhias planejam distribuir mais de R$ 6 bilhões em dividendos, sendo R$ 3,52 bilhões oriundos da BRF e R$ 2,5 bilhões da Marfrig.
A fusão entre Marfrig e BRF está projetada para criar a sétima maior empresa do Brasil em termos de receitas, com faturamento anual estimado em R$ 152 bilhões. A nova empresa terá uma presença global, atuando em 117 países e produzindo cerca de 8 milhões de toneladas de alimentos por ano sob renomadas marcas como Sadia, Perdigão e Qualy. Com a fusão, espera-se não apenas um aumento na receita, mas também uma redução de custos através de simplificações e otimizações na estrutura da companhia.
Fonte:https://investidor10.com.br/noticias/marfrig-mrfg3-e-brf-brfs3-pedem-aval-do-cade-para-fusao-113132/