A fintech Nubank (ROXO34) reportou um lucro líquido de US$ 552 milhões no quarto trimestre de 2024, refletindo um impressionante crescimento de 85% em relação ao mesmo período do ano anterior, considerando uma base de câmbio neutra. O Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (ROE) anualizado da fintech foi de 29%, evidenciando sua eficiência em gerar lucros com os recursos próprios.
Executivos da empresa destacam que esse desempenho coloca o Nubank entre as instituições financeiras mais lucrativas globalmente, mesmo mantendo uma robusta posição de capital excedente na holding. As receitas líquidas também apresentaram avanço significativo, crescendo 58% em 2024, totalizando US$ 11,52 bilhões, com US$ 2,99 bilhões apenas no quarto trimestre.
Em termos de liquidez, a empresa fechou o ano com US$ 11,2 bilhões, um aumento de 75% em comparação ao ano anterior em base cambial neutra. A carteira de empréstimos da fintech dobrou ao longo do ano, alcançando US$ 6,1 bilhões e um crescimento sequencial de 22%.
Sobre os depósitos, no Brasil, os clientes do Nubank totalizaram US$ 23,1 bilhões, um crescimento de 11% em relação ao trimestre anterior. A fintech também registrou 10 milhões de usuários no México, com depósitos de US$ 4,5 bilhões, e 2,5 milhões de clientes na Colômbia.
Em termos de crescimento de clientes, o Nubank adicionou 4,5 milhões de novos usuários no 4T24, somando um total de 20,4 milhões no ano fiscal de 2024 e alcançando 114,2 milhões de clientes globalmente ao final do último ano. É importante ressaltar que, no Brasil, a fintech já ocupa a terceira posição entre as maiores instituições financeiras em número de clientes, segundo o Banco Central.
O custo médio mensal de atendimento por cliente permanece excepcionalmente baixo, em US$ 0,8, demonstrando a eficiência operacional do modelo de negócio. Além disso, o segmento Ultravioleta, que atende clientes de alta renda, apresentou um crescimento de 132% em 2024, com mais de 700 mil usuários. O volume trimestral de compras com cartões de crédito Ultravioleta aumentou 106% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 1,8 bilhão no 4T24, o que representa 10% do total de compras de cartões no Brasil.
Para os investidores, dados indicam que uma aplicação de R$ 1 mil no BDR ROXO34 há dois anos teria crescido para R$ 3.200,90, mesmo sem distribuição de dividendos. Em comparação, o IVVB11, que replica o S&P 500, teria retornado R$ 1.691,30 na mesma situação.