Na última segunda-feira, dia 24, a Petrobras (PETR4) alcançou um marco histórico ao registrar a produção de 800 mil barris de petróleo por dia no Campo de Búzios, que está situado no pré-sal da Bacia de Santos. Magda Chambriard, CEO da companhia, atribuiu esse feito à integração de uma nova plataforma de produção. Desde o início de suas operações em 2018, Búzios se destacou como o segundo maior campo de produção de petróleo do Brasil, apenas atrás do campo de Tupi, mas expectativas indicam que Búzios poderá assumir a liderança em um futuro próximo.
Além dessa conquista, há previsão de que a Petrobras venha a anunciar um dividendo ordinário significativo, estimado em US$ 2,4 bilhões (equivalente a R$ 13,6 bilhões), junto com o balanço financeiro do quarto trimestre de 2024. Essa informação foi divulgada por analistas do Goldman Sachs, que mencionaram que a expectativa é que a divulgação dos resultados ocorra em 26 de fevereiro, após o fechamento do mercado.
De acordo com o Goldman Sachs, a Petrobras pode reportar um desempenho operacional significativo, com um Ebitda ajustado de US$ 10,4 bilhões (cerca de R$ 59,1 bilhões). Os analistas afirmam que, considerando a política de remuneração aos acionistas da empresa, é esperado que essa performance se traduza em um anúncio em torno de US$ 2,4 bilhões em dividendos ordinários.
Os analistas Bruno Amorim, Guilherme Martins e Guilherme Bosso comentaram que, embora a Petrobras possua um caixa robusto, a probabilidade de distribuição de dividendos extraordinários não foi considerada na estimativa de US$ 2,4 bilhões, e afirmaram que a margem para tais proventos extras é mais restrita em comparação aos anos anteriores.
Para o fechamento de 2024, a expectativa é de que a Petrobras tenha um caixa entre US$ 12 bilhões e US$ 13 bilhões, superando o mínimo de US$ 6 bilhões previamente estipulado em seu plano de negócios. Esse valor pode abrir espaço para o pagamento de dividendos extraordinários no futuro.
Contudo, a distribuição recente de aproximadamente US$ 3 bilhões (ou R$ 17 bilhões) em dividendos extraordinários pode limitar a capacidade da Petrobras de realizar outra distribuição significativa em um curto intervalo de tempo. O Goldman Sachs sugere que a administração da empresa pode optar por uma postura mais conservadora, priorizando a análise de novas oportunidades para o excedente de caixa.