A Petrobras, uma das principais empresas do setor energético brasileiro, tem sua apresentação de resultados marcada para o dia 26 de fevereiro, quando investidores e analistas aguardam ansiosamente suas informações financeiras do quarto trimestre de 2024.
Em um relatório recente do Goldman Sachs, a expectativa é de que a companhia revele um dividendo ordinário de US$ 2,4 bilhões, o que equivale a R$ 13,6 bilhões. Os analistas estimam que a Petrobras deve reportar um Ebitda ajustado em torno de US$ 10,4 bilhões, ou seja, R$ 59,1 bilhões. Segundo o Goldman, este desempenho financeiro é compatível com a política de distribuição de resultados da empresa, que pode resultar no anúncio de um dividendo dessa magnitude.
Os analistas Bruno Amorim, Guilherme Martins e Guilherme Bosso esclareceram que a previsão de US$ 2,4 bilhões não considera a possibilidade de proventos extraordinários, uma vez que, apesar da sólida posição de caixa da Petrobras, o espaço para dividendos adicionais é mais restrito se comparado a anos anteriores.
Até o fim de 2024, a posição de caixa da Petrobras é esperada entre US$ 12 bilhões e US$ 13 bilhões, superando o mínimo de US$ 6 bilhões estabelecido no seu plano de negócios. Isso sugere que a companhia pode ter uma chance de considerar dividendos extraordinários no futuro. Entretanto, a recente distribuição de aproximadamente US$ 3 bilhões, ou R$ 17 bilhões, em proventos extraordinários pode limitar a capacidade de novo pagamento significativo no curto prazo, levando a direção da empresa a uma abordagem mais cautelosa em relação ao uso do caixa disponível.
A produção de petróleo também está projetada para crescer. Com a entrada em operação de novas plataformas, a Petrobras pode aumentar sua capacidade em cerca de 8% até 2025, alcançando uma produção de 2,3 milhões de barris por dia. Isso, juntamente com a recomendação de compra para suas ações, sugere um potencial significativo para dividendos, com um dividend yield projetado em 13% no ano de 2025.
Sobre os pagamentos aos acionistas, na quinta-feira, dia 20, a Petrobras iniciará o pagamento da primeira parcela da remuneração referente ao terceiro trimestre de 2024. Serão pagos R$ 0,66410331 por ação a acionistas que mantiverem suas ações até 23 de dezembro. A segunda parcela, que incluirá dividendos e JCP remanescente, será distribuída em 20 de março.
No total, a companhia está programada para distribuir R$ 17,1 bilhões em proventos relativos ao terceiro trimestre, correspondendo a R$ 1,32820661 por ação.