Presidente da Petrobras afirma cumprimento das exigências do Ibama sobre a Foz do Amazonas

Em declaração feita na quinta-feira, 27, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, confirmou que a empresa atendeu a todas as exigências apresentadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) referentes ao licenciamento para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas.

Magda destacou: "O que estamos oferecendo para o Ibama entendemos que está resolvido. Não há mais o que se pedir. Tenho mais de 45 anos nessa indústria e nunca vi esse nível de esforço". Sua fala foi direcionada a analistas do mercado que questionavam o andamento do processo.

Para obter a licença necessária para perfurações no polo exploratório localizado no litoral do Amapá, a Petrobras implementou um sistema de segurança para perfuração em águas ultraprofundas, um modelo que não tem paralelo global.

“Contamos com equipamentos e métodos de ponta. Além disso, estamos comprometidos em entregar um centro de reabilitação de fauna caso haja um evento indesejável. Prevemos a conclusão até o fim de março, com as obras avançando conforme o cronograma. Acredito que essa envolve a última solicitação do Ibama. Todas as demandas foram atendidas de forma ágil”, explicou Magda.

Enquanto a Petrobras anunciava seus resultados do quarto trimestre de 2024, surgiram informações de que técnicos do Ibama teriam sugerido, novamente, a rejeição da licença solicitada, devido a preocupações ambientais relacionadas ao projeto. A diretora de Assuntos Corporativos da Petrobras, Clarice Coppetti, enfatizou que, após o pronunciamento técnico do órgão, ainda é preciso um tempo até que se chegue a um parecer final. O processo seguirá para a diretoria de Licenciamento, e a decisão final ficará a cargo do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.

"Estamos seguros de que estamos cumprindo todas as normas do Ibama. O que desenvolvemos para a campanha exploratória é o maior plano de resposta a emergências existente, sem comparação na indústria". Essa confiança foi reafirmada por Clarice Coppetti.

A Petrobras defende a exploração na Margem Equatorial, que se estende do Rio Grande do Norte até o Amapá, como uma estratégia para aumentar suas reservas de petróleo. Magda Chambriard esclareceu que a licença atualmente discutida refere-se a um poço pioneiro, a mais de 500 quilômetros da Foz do Amazonas, projetado para verificar o potencial petrolífero da área. Contudo, se a existência de petróleo e a viabilidade do projeto forem confirmadas, a companhia precisará solicitar licenças adicionais para explorar o restante da região.

Fonte:https://investidor10.com.br/noticias/nao-ha-mais-o-que-pedir-diz-presidente-da-petrobras-petr4-sobre-o-ibama-111355/