As ações da Cosan (CSAN3) enfrentaram uma desvalorização significativa, registrando uma queda de 10,3% ao longo da semana. Nesta sexta-feira (20), os papéis da empresa foram novamente negociados abaixo dos R$ 7, fechando a R$ 7,28, o que representa a cotação mais baixa em quase dois meses.
Esse desempenho negativo das ações ocorre em um contexto de alta na taxa Selic, além da recente revisão para baixo do preço-alvo das ações pela análise do Citi, que diminuiu a estimativa de R$ 14 para R$ 12.
Com a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de aumentar a Selic para 15% e a previsão de que a taxa permanecerá elevada por um longo período, o mercado reagiu com cautela, visto que a Cosan apresenta um dos maiores níveis de endividamento na B3. A companhia possui uma dívida bruta aproximada de R$ 67 bilhões, o que resulta em despesas consideráveis a cada trimestre para gerenciar essa situação financeira. Essa pressão pode levar a Cosan a reconsiderar novos investimentos, uma vez que a elevação da Selic pode acentuar os desafios financeiros.
O Citi projetou que a Cosan poderá enfrentar dificuldades com a liquidez neste ano devido ao novo cenário de juros. Entretanto, a instituição também reconheceu os esforços da companhia para reduzir sua alavancagem, incluindo a venda de ativos. Em um movimento estratégico, a Cosan vendeu sua participação na Vale (VALE3) no começo do ano e continua com a reestruturação de sua subsidiária Raízen (RAIZ4).
Na análise mais recente, o Citi reafirmou a recomendação de compra das ações da Cosan, mas com a revisão do preço-alvo, o que contribuiu para a acentuada queda das ações na bolsa durante essa semana. As maiores perdas observadas no Ibovespa incluíram também: Usiminas (USIM5) com -7,8%, Marfrig (MRFG3) com -7,4%, Raízen (RAIZ4) com -6,0%, e Gerdau (GGBR4) com -4,5%.
Fonte:https://investidor10.com.br/noticias/cosan-csan3-afunda-10-3-na-semana-e-atinge-menor-cotacao-em-quase-2-meses-113684/