No segundo trimestre de 2025, a Romi (ROMI3) registrou um lucro líquido de R$ 16,37 milhões, significando uma redução de 47,2% em comparação ao mesmo período de 2024. O lucro ajustado foi de R$ 15,6 milhões, refletindo um decréscimo de 37,2% em relação ao ano anterior. Este resultado foi impactado negativamente pela performance da unidade de fundidos e usinados, que enfrentou margens operacionais negativas.
Segundo a empresa, a baixa produção, consequência da desaceleração nos setores eólico e automotivo, aliada a altos custos fixos, pressionou as margens dessa unidade de negócio. Em um relatório divulgado recentemente, a Romi expressou otimismo quanto à recuperação da demanda e aumento da produtividade, através de melhorias nos processos e desenvolvimento de soluções com maior valor agregado.
Apesar da queda nos lucros, outros indicadores operacionais mostraram evolução, destacando um trimestre consistente e demonstrando a resiliência do modelo de negócios em um cenário econômico desafiador, caracterizado por taxas de juros elevadas e incertezas externas. A receita operacional líquida cresceu 7,1%, atingindo R$ 316,1 milhões, e a carteira de pedidos subiu 30,8%, alcançando R$ 866,8 milhões, impulsionada pela entrada de pedidos totalizando R$ 333,2 milhões.
Por outro lado, o Ebitda apresentou uma queda de 28%, somando R$ 28,5 milhões, enquanto a margem bruta total também teve um recuo, passando de 28,6% no segundo trimestre de 2024 para 27,4% em 2025.
A subsidiária alemã B+W destacou-se, mostrando um crescimento significativo de 368,1% no volume de pedidos e aumento de 107,1% na receita. Em contrapartida, a área de Máquinas Romi, que representa a principal fonte de receita, apresentou resultados mistos: embora as margens tenham sido positivas, tanto a entrada de pedidos quanto a receita operacional líquida diminuíram em 10,2% e 5,1%, respectivamente, em relação ao ano passado. A companhia atribui essa situação à maior preferência dos clientes por modelos de locação, dada a instabilidade do mercado. Durante o trimestre, a Romi alugou 107 máquinas, totalizando R$ 48,7 milhões em contratos, um aumento de 9,2% em um ano, que deve contribuir para uma elevação gradual da receita ao longo do tempo.
Fonte:https://investidor10.com.br/noticias/romi-romi3-lucro-tomba-47-2-no-2t25-para-r-16-4-milhoes-114191/