O governo brasileiro planeja impulsionar suas finanças com a emissão de títulos de dívida soberana em dólar, conforme comunicado recente do Tesouro Nacional. Pela primeira vez, em 2025, serão disponibilizados novos títulos com vencimento programado para 2035.
A meta do governo é estabelecer entre 3% e 7% da sua dívida total em títulos de renda fixa denominados em dólares. Esta ação faz parte da estratégia do Tesouro Nacional para aumentar a liquidez da curva de juros soberana no mercado internacional, efetivamente criando uma referência para o setor corporativo enquanto antecipa o financiamento de suas obrigações em moeda estrangeira.
A operação será coordenada por instituições financeiras de renome, incluindo Bradesco, JPMorgan e Morgan Stanley, e os resultados da emissão serão anunciados ao final do dia.
Relatórios da mídia sugerem que o Tesouro Nacional pode oferecer juros compostos prefixados em torno de 7,05% ao ano até o vencimento dos títulos em 2035. Em contraposição, o governo americano está oferecendo rendimentos de 4,53% ao ano para seus títulos de dez anos, conforme as taxas de mercado observadas recentemente.
A expectativa é que a equipe econômica do governo aproveite a recente melhora no Risco Brasil, que está coincidentemente alinhada com a queda do dólar, que foi de R$ 6,30 para R$ 5,70. No Tesouro Direto, onde os investidores podem aplicar em títulos de renda fixa, já se observam ganhos significativos com a valorização de títulos com vencimentos a longo prazo, em resposta ao recente recuo nas taxas de rentabilidade.